PRÁTICAS DE MULTILETRAMENTOS NA EJA: uma perspectiva de educação interativa e emancipatória

Abstract

A educação de jovens e adultos no Brasil é marcada por avanços e retrocessos, e um de seus principais problemas diz respeito ao uso social da língua, isto é, práticas de multiletramentos. Nesse sentido, esta pesquisa resultou da necessidade de reflexão sobre como a escola tem trabalhado a leitura e a escrita, tendo em vista discutir sobre como as práticas de linguagem, quando mediadas por tecnologias podem contribuir para a formação integral, crítica e humanizadora de jovens e adultos. Para tanto, foi utilizada como metodologia de estudo a revisão bibliográfica, embasado em Haddad e Di Pierro (2000), Xavier (2019) - no tocante a historiografia da escolarização de jovens e adultos no Brasil -, Rojo e Moura (2012), Rojo (2013), Rojo e Barbosa (2015), Soares (2009) - acerca de letramentos e multiletramentos-, além de outros estudiosos do assunto. Como resultados obtidos foi possível identificar que a metodologia utilizada para o ensino de leitura e escrita na EJA ainda é tradicional, atrelado a uma herança escritural e normativa em detrimento de metodologias ativas; as práticas de multiletramentos são relevantes na EJA na medida em que oportunizam uma aprendizagem crítica, dialógica e interativa e o ensino remoto ampliou a visão limitada de educação separada do uso de TDICS, dando margem para novas possibilidades de aprendizagem e multiletramentos.