SÍNDROME DE BURNOUT NA CLASSE MÉDICA: UMA REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA

Abstract

A Síndrome do Burnout é uma doença ocupacional que afeta profissionais submetidos a alto estresse laboral e sobrecarga de trabalho, levando a comprometimento da qualidade de vida e da capacidade profissional. Dentre as profissões da saúde, o trabalho médico tem sido mais estudado. O presente estudo trouxe uma revisão narrativa da literatura sobre o tema, avaliando publicações indexadas dos últimos doze anos, com o objetivo de avaliar a prevalência desta síndrome em médicos, descrever fatores associados para sua ocorrência e apresentar estratégias para a prevenção. A prevalência da Síndrome de Burnout é alta entre médicos, variando de 15% a 90% a depender da população estudada. Os médicos trabalham mais horas durante um maior número de anos com menor tempo de férias. Esta síndrome se manifesta por sintomas físicos, psicológicos (psiquiátricos) e comportamentais, tais como: distúrbios do sono, dores musculares, cefaleias, imunodeficiência, transtornos cardiovasculares, distúrbios do sistema respiratório ou disfunções sexuais, falta de atenção e concentração, alterações da memória, sentimento de alienação, sentimento de solidão, impaciência, baixa autoestima, desânimo, desconfiança e paranoia, aumento de agressividade, perda de iniciativa, o aumento do consumo de substâncias psicotrópicas e suicídio. Estratégias para sua prevenção são: 1) a importância da atividade física rotineira e realizar algum hobby; 2) a necessidade de gozo sistemático de tempo de férias; 3) evitar realizar tempo de plantão ininterrupto >24h; 4) não realizar cargas horárias excessivas de trabalho; 5) necessidade de aperfeiçoamento na área de eleição laboral.