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Título: ALCOOLISMO E TRABALHO: Reflexões a partir da análise de registros de óbitos de trabalhadores por patologias relacionadas ao abuso de álcool em São Luís
Autor(es): CÂMARA, ANDREA MARLEY CHAGAS
Palavras-chave: Medicina do trabalho
Alcoolismo
Data do documento: 2013
Resumo: O hábito de ingerir álcool é uma constante na história humana nas mais diversas sociedades e épocas. Atualmente, o consumo alcoólico é permitido e até mesmo incentivado como atividade social e econômica em diversas nações. Mesmo em países onde o consumo de álcool é proibido, criam-se meios de permitir o consumo com interesses econômicos. Se por um lado o álcool propicia a muitos momentos de descontração, relaxamento, interação social e até mesmo profissional, é necessário considerar que se trata de uma substância extremamente tóxica para o organismo humano, com alto poder nocivo sobretudo quando utilizado de forma contínua ou em grande intensidade, ou mesmo com riscos de levar a dependência em bebedores leves. Esse panorama se revela ainda mais problemático ao se constatar o problema do alcoolismo ocupacional, quando o trabalho é influência, causa, ou quando negligencia os hábitos do consumo de álcool pelos trabalhadores. Essa relação revela diversos aspectos que envolvem status, fuga e engajamento social. O local de trabalho é considerado geralmente como o segundo ambiente social mais influente na vida das pessoas. O consumo de álcool relacionado ao trabalho é estimulado também em certos ofícios onde tradicionalmente há grande consumo de álcool, como empregados da construção civil, estivadores, marinheiros, médicos, dentre outros. Condições de trabalho como estresse, solidão, jornadas irregulares, falta de perspectiva profissional, são causas do consumo como meio de refúgio. Essas e outras realidades sobre o consumo do álcool provocam grandes riscos de acidentes de trabalho, faltas e licenças médicas, queda na produtividade, problemas de relacionamento, dentre outros. Quando não orientados e tratados, o panorama que se constata será o do uso cada vez mais pesado do álcool, com aumento das doses e frequência no consumo. Gerando assim sucessivas necessidades de afastamento, com prejuízo crônico da saúde mental e física, até comprometimento dos órgãos e consequente óbito. Mesmo indivíduos sadios estão sujeitos ao risco do álcool diante da possibilidade de se converterem de bebedores leves a bebedores pesados, além de exageros no consumo, acarretando o bebedor problema, com alto risco de acidentes, conflitos e afastamentos médicos. A problemática do alcoolismo ocupacional envolve relações sérias e muitas vezes urgentes de se considerar o risco do uso abusivo e irresponsável do álcool, bem como o papel das empresas e organismos na educação e tratamento dos trabalhadores. A presente monografia tem por objetivo central avaliar o impacto do abuso crônico do álcool sobre a saúde do trabalhador, ilustrando esse enfoque ocupacional com a análise de dados clínico epidemiológicos de registros de mortalidade relacionados à dependência alcoólica na cidade de São Luís. Para isso, foi realizado um levantamento de diversos dados a partir da revisão de declarações de óbito de trabalhadores alcoolistas crônicos, mortos por causas naturais, analisando-os no contexto da saúde ocupacional
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