Hanseníase: Perfil Epidemiológico dos Pacientes Portadores da Hanseníase, Atendidos em uma Unidade de Saúde no Município de São João do Sotér – MA.

Abstract

Hanseníase, doença infecciosa crônica causada pelo micobacterium leprae. A predileção pela pele e nervos periféricos confere características peculiares a esta moléstia, tornando o seu diagnostico simples. O Brasil continua sendo o segundo país em casos registrados no mundo, ficando atrás somente da Índia. A doença manifesta-se em dois pólos estáveis e opostos (virchowiano e tuberculoíde) e dois grupos instáveis (indeterminada dimorfo). A transmissão acontece no contado intimo prolongado como o doente através das vias aéreas. A baciloscopia é o exame complementar mais útil no diagnostico. O tratamento da hanseníase compreende a quimioterapia específica, supressão dos surtos reacionais, prevenção de incapacidade física, reabilitação física e psicossocial. A poliquimioterapia específica com a combinação Rifampicina, Dapsona e Clofazimina de acordo com a classificação operacional. O presente estudo foi tendo como objetivo descrever o Perfil Epidemiológico dos Pacientes Portadores da Hanseníase, Atendidos em uma Unidade de Saúde no Municipio de São João do Sóter -MA. Utilizou-se uma abordagem quantitativa de caráter descritivo com aplicação de um questionário semi-estrutural. A população estudada foi composta por 25 pacientes atendidos no programa da hanseníase, no período compreendido de novembro de 2007 à março de 2008. Após a analise dos dados observou-se que 92% dos pacientes estão na faixa etária acima dos 15 anos de idade, 100% não concluíram o ensino fundamental, 100% têm renda abaixo de um salário mínimo, 60% dos pacientes são do sexo masculino, 74% residem em casa de taipa não revestida, 80% ainda utilizam fossas negras para destino dos dejetos, 80% o lixo fica em céu aberto, 100% utilizam água de poço, 40% são casados, 60 % são lavrador, 54% apontam manchas avermelhadas como primeiro sintoma observado, 80% não sabe como é transmitida a doença, 67% acha difícil seguir o tratamento. A hanseníase ainda é uma preocupação em nosso país principalmente nos locais em que as condições sócio-econômicas-financeiras são inadequadas, tornando-se indispensável a realização de um trabalho preventivo e eficaz, com destaque para investimentos em saneamento básico, educação e saúde.