Abstract:
Abordagem descritiva prospectiva quantitativa sobre o cuidar familiar de pessoas com transtorno mental realizada no Centro de Atenção Psicossocial - CAPS II no município de Pinheiro-MA, realizada no período de julho a agosto de 2009. Objetiva-se estudar as relações familiares destas pessoas, entendendo-se que ainda sofrem em relação ao próprio tratamento, bem como não aceitação, preconceitos e estigmas atribuídos a elas pela própria família. Tal fato vem atingindo proporções alarmantes e suscitando discussões nos diversos segmentos da sociedade, tornando-se, portanto, uma questão de saúde pública. Utilizou-se como técnica para coleta de dados, o questionário com perguntas abertas e fechadas aplicado em 15 (quinze) familiares-cuidadores. Dentre os resultados obtidos, evidenciou-se que 62% dos cuidadores estão representados na figura da mãe como responsável pelo tratamento do familiar com transtorno. Evidenciou-se também que, todos moram em casa de alvenaria, com renda familiar de mais de 1 salário mínimo, assim como 6 (seis) dos entrevistados tem ensino fundamental completo e com um predomínio para a religião católica. No que se refere ao diagnóstico, 81% dos cuidadores, são conscientes da doença, sendo que 8 (oito) tem expectativa de cura e 5 (cinco) ressaltam o grau de dependência desse familiar. Entende-se que, com a descoberta da doença, a rotina de vida, tanto do cuidador quanto do membro da família que sofre de transtorno mental, se modificou, na maioria das vezes, para pior, em relação à situação econômica e psicológica.