Abstract:
O termo Burnout foi utilizado pela primeira vez na década de 70 para descrever um quadro observado em jovens trabalhadores de uma clínica para dependentes químicos, onde estes não viam mais os pacientes como pessoas que necessitavam de ajuda, visto que eles não se esforçavam para seguir o tratamento. Não existe uma definição sobre esta síndrome, existe apenas um consenso em considerar que ela aparece no individuo como uma resposta ao estresse laboral. Pesquisa centrada a determinar a ocorrência da Síndrome de Burnout entre os profissionais de enfermagem de um hospital privado em São Luís - MA. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário fechado com dados do perfil sociodemográfico e profissional, juntamente com o questionário Maslach Burnout Inventory – M.B.I. Esse instrumento avalia as três dimensões da síndrome – cansaço emocional, despersonalização e realização profissional. Durante a pesquisa de campo observou-se que embora o hospital possua 146 trabalhadores na área da enfermagem, apenas 90 responderam ao questionário, pois, alguns se encontravam ausentes e outros não concordaram em participar da pesquisa. Os resultados mostraram a presença maciça de técnicos de enfermagem jovens do sexo feminino, confirmando o estereótipo da profissão de enfermagem como ocupação feminina. Os enfermeiros apresentaram níveis mais elevados de exaustão emocional e despersonalização quando comparados aos técnicos/auxiliares de enfermagem. Entende-se que os profissionais de saúde, pelo seu trabalho estão muito expostos ao risco de desenvolver a Síndrome de Burnout. Existe a necessidade de conscientização desta Síndrome considerando seu desconhecimento por parte dos profissionais da saúde.
