Abstract:
Trata-se de estudo cujo objetivo consiste em avaliar o estresse ocupacional dos enfermeiros em uma unidade de pronto atendimento em São Luís-MA. Estudo descritivo, prospectivo, com abordagem quantitativa, cujos dados foram coletados no período de julho a agosto de 2009. A população refere-se a todos os enfermeiros perfazendo um total de 33 (trinta e três) que desenvolvem atividades assistenciais no setor de emergência da instituição. De acordo com os resultados obtidos observou-se que 94% dos entrevistados é do gênero feminino, 42,2% encontra-se na faixa etária de 31 a 40 anos, e 43% são solteiros. Em relação à situação socioeconômica chama atenção que 48% possui 2 empregos ou mais, 46% tem 10 anos ou mais de serviço, 64% recebe 6 a 10 salários mínimos e 67% possui de 1 a 2 filhos. Quanto à situação de estresse no ambiente de trabalho 51,6% relatou que muitas vezes a falta de material necessário é fator determinante para o desencadeamento do estresse, 39,4% afirmou que raramente o clima de competitividade gera estresse no ambiente de serviço, 36,4% dos profissionais descreveu que a demanda de pessoas é um grande fator para o desenvolvimento do estresse, 51,4% relatou que algumas vezes o desenvolvimento de atividades de além da função ocupacional contribui para o aparecimento do estresse, 39,3% dos profissionais referiu que algumas vezes a restrição da autonomia profissional gera algum fator estimulante para comportamentos estressantes. No quesito de atividade de enfrentamento no ambiente de trabalho, 66,6% dos enfermeiros referiu que nunca praticou ginástica laboral para alivio e prevenção contra o estresse e 66,6% relatou que tirar um tempo para a vida familiar é uma alternativa de enfrentar o estresse no dia-a-dia. Diante do exposto, pode-se evidenciar a necessidade de mudanças para a diminuição do estresse desses profissionais sugerindo-se a jornada de trabalho única para aqueles com atividades em setores com comprovada presença de fontes de pressão, como é o caso da emergência.
