Abstract:
Revisão bibliográfica sobre automedicação em idosos. Foram selecionados onze estudos nacionais, através de busca na base LILACS e na Biblioteca online da UnATI/UERJ, utilizando os termos automedicação e idosos. Objetivou-se caracterizar o fenômeno da automedicação especificamente entre idosos, incluindo sua prevalência, fatores determinantes, forma de seleção dos medicamentos, medicamentos mais utilizados, riscos e, estratégias de enfrentamento apontadas para o problema. A prevalência da automedicação entre os idosos, nos estudos selecionados, variou de 3,8 a 80% e as associações mais significativas encontradas foram com sexo feminino e com consulta ao farmacêutico/balconista nos últimos 12 meses. A dor é um dos maiores desencadeantes da automedicação e a seleção se faz, na maioria dos casos, por influência da família ou amigos. Os medicamentos mais utilizados são analgésicos e antiinflamatórios, mas foi documentado também o uso de medicamentos de uso sob prescrição e até de controle especial, alguns impróprios e outros potencialmente perigosos para uso em idosos. Verificou-se freqüente uso de chás caseiros e plantas medicinais. O mascaramento da doença de base, efeitos adversos, interações medicamentosas e outros riscos da automedicação podem levar o idoso à hospitalização e até á morte, pois é mais suscetível a esses riscos. Educação em saúde, acompanhamento farmacoterapêutico e efetivo cumprimento da legislação na área de uso racional de medicamentos são medidas que contribuiriam para a redução da automedicação e aprimoramento do autocuidado por esta população, garantindo melhor qualidade de vida e evitando as complicações decorrentes da automedicação.