Abstract:
Abordagem descritiva qualitativa sobre o ambiente arquitetônico como fator de risco ocupacional em uma Unidade Básica de Saúde da Família em Itinga do Maranhão, levando-se em consideração a exposição de profissionais de saúde, uma vez que as edificações dos setores de atendimento à saúde não estão projetadas de acordo com as Normas Regulamentadoras. Lembra-se que esses profissionais estão em constante contato com novos casos de Hanseníase Multibacilar, considerada grave problema de saúde pública, ainda não solucionada de acordo com os protocolos ratificados e firmados pelo governo brasileiro frente à Organização Mundial de Saúde. Atenta-se para o alto grau endêmico ainda presente em partes do território nacional, enfocando-se a região oeste do Maranhão, com setores populacionais desprovidos de estrutura sócio-econômica básica, de baixa qualidade habitacional e modelo de vida ainda rudimentar. A detecção de quem pode ou não adquirir a doença continua a ser o grande empecilho nas pesquisas da Hanseníase, justificando-se a necessidade de formular medidas de proteção imunológica, dentre as quais as normativas para o uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais de atendimento em nível ambulatorial. Enfocam-se as deficiências do ambiente edificativo e o contato dos profissionais diante de aerossóis expelidos por estes disseminadores, num ambiente insalubre, contrário ao modelo preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e em conformidade com as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho em estabelecimentos de assistência à saúde.