Abstract:
Os profissionais do setor de transporte rodoviário formam um grupo de risco para
determinados problemas de saúde, em função das cargas relativas ao seu ambiente de
trabalho. Nesta pesquisa objetivou-se estudar a exposição a riscos ocupacionais em um grupo
de motoristas do transporte coletivo urbano em um Terminal de Integração de São Luís – MA.
O estudo foi do tipo descritivo, de caráter prospectivo, com variáveis quantitativas. As
informações foram colhidas no Terminal de Integração da Praia Grande, por meio da
aplicação de um questionário. Os dados foram transferidos para o programa Microsoft Excel
2007 e demonstrados em forma de gráficos e tabelas. Constatou-se que grande parte dos
motoristas tem entre 20 e 40 anos (60%), possuindo apenas o ensino fundamental completo
(50%), são casados (67,50%) e recebem entre 1 e 2 salários mínimos (97,50%). A maioria
possui mais de 10 anos de profissão (45%), trabalham mais de 8 horas diariamente (50%), não
tem pausa para refeição (87,50%) e dormem menos de 8 horas por dia (72,50%). Afirmaram
sentir-se incomodados com o ruído (82,50%), vibração (57,50%), temperatura elevada
(92,50%), tipo de poltrona (90%), movimentos repetitivos (62,50%), vapores e gases
(77,50%). A maior parte dos trabalhadores (30%), referiu o cansaço físico como queixa
predominante vinculada ao trabalho. Em função do exposto, os motoristas estão sujeitos a
inúmeros fatores adversos e estressantes, tornando-os mais propensos ás doenças
ocupacionais. Desse modo, torna-se necessário a implementação de medidas que promovam
melhores condições de trabalho, com menos riscos potenciais de acidentes e doenças no setor
transporte.