Abstract:
Introdução: A inclusão da mulher no mercado de trabalho é fato, entretanto aspectos relacionado ao gênero ainda são vistos para os empregadores como aspecto negativo, dentre eles, a gravidez. Objetivo: O presente trabalho se caracteriza por um estudo quantitativo, realizado com pacientes gestantes atendidas no ambulatório especializado de Obstetrícia da Maternidade Marly Sarney. Método: Os dados foram coletados no período de março a junho de 2013, onde foi feito o levantamento dos dados sócio-econômico-cultural das pacientes atendidas no pré-natal, relacionando causas de absenteísmo na atividade profissional. Para isso, foi aplicado um questionário estruturado em entrevista realizada durante a consulta pré-natal. Os dados obtidos foram tabulados e utilizados para estudos de frequência e associação pelo teste qui-quadrado ou exato de Fisher. Resultado: a maioria das trabalhadoras gestantes entrevistadas apresentaram idade entre 25 e 35 anos, com ensino médio completo, casada ou com união estável, no terceiro trimestre de gestação e com renda familiar entre 1 a 2 salários mínimos. As trabalhadoras que possuem vínculo empregatício apresentam associação com maior grau de escolaridade e renda, enquanto que as trabalhadoras domésticas tiveram associação com menor escolaridade e renda. As gestantes economicamente ativas que relataram maior absentismo tiveram uma distribuição proporcionalmente maior nas trabalhadoras de maior renda. Conclusão: O presente trabalho levanta dados inéditos e relevantes sobre o perfil e comportamento das mulheres na atividade laboral, no contexto da gestação, onde os sintomas relacionados a gravidez são fatores que levam ao absenteísmo, e que a qualificação pode influenciar no comportamento das gestantes.
