Abstract:
Revisão bibliográfica sobre o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo e o papel da família junto aos pacientes. O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma doença crônica de alta prevalência no cenário mundial. Caracteriza-se por pensamentos obsessivos que geram estresse no paciente, que só consegue alívio ao realizar atos compulsivos que podem tornar-se rituais e afetar o cotidiano do doente, levando-o ao isolamento social. É uma doença normalmente incapacitante, afetando todo o núcleo familiar do paciente, que acabam por exercer função primordial no prognóstico da doença. As atuais políticas públicas brasileiras transferiram grande parte da responsabilidade pelo cuidado do doente mental para a família. Estudos mostram que a família pode tanto colaborar na melhoria dos sintomas quanto agravá-los, tornando-os crônicos. Revelam também a dificuldade que a família apresenta para lidar com esse tipo de paciente, devido ao despreparo quase sempre evidente. Nesse trabalho são descritos fenômenos importantes ao se falar do transtorno obsessivo-compulsivo, como a sobrecarga e a acomodação familiar, que acabam por trazer prejuízos ao tratamento do doente. Assim, faz-se necessário que os profissionais da saúde estejam sempre atualizados e preparados a oferecer o suporte adequado ao paciente e também aos familiares, de modo que o tratamento possa ter os melhores resultados possíveis.