Abstract:
Introdução: O Planejamento Familiar é um programa que leva em consideração a liberdade do casal em decidir o número de filhos que podem ou querem ter. Existe resistência do gênero masculino para adesão aos programas dos serviços de saúde, entre estes o de Planejamento Familiar, oriunda de fatores sociais e culturais ligados, em geral, ao gênero. Objetivo: Analisar os motivos pelos quais os homens não aderem às ações de Planejamento Familiar descritos na literatura; identificar o perfil dos homens que comparecem aos serviços de Planejamento Familiar quanto as variáveis: faixa etária, estado civil, escolaridade e situação profissional; descrever os principais motivos que levam a baixa adesão dos homens às ações de Planejamento Familiar; conhecer as principais estratégias utilizadas para inserção do homem no contexto do Planejamento Familiar. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa realizada através de revisão bibliográfica em artigos científicos encontrados em diferentes bancos de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), no período de maio e junho/2015, onde foram selecionadas 14 publicações. Resultados: A maioria dos autores evidenciaram que o perfil dos homens que comparecem aos serviços de Planejamento Familiar são caracterizados por adultos-jovens com faixa etária de 18-47 anos, casados ou em união consensual, com ensino médio completo e incompleto e desempregados. Houve consenso na literatura quanto à responsabilização feminina como principal motivo que levam à baixa adesão dos homens as ações de Planejamento Familiar. Além disso, ressaltou-se como principal estratégia utilizada para a inserção do homem no contexto do programa de saúde da família, a realização de campanhas de prevenção contra o câncer de pênis e próstata. Conclusão: Evidenciou-se a necessidade de ampliação do acesso da figura masculina, assim como de toda população aos serviços de Planejamento Familiar, assim como a importância da contextualização e inserção do processo educativo nas ações de saúde no que se refere à contracepção com ênfase para a promoção da saúde e inclusão da população.