Abstract:
A partir dos pressupostos sociais e subjetivos as pesquisas sobre o envelhecimento na
atualidade começam a levantar questionamentos de como garantir a equidade e o
desenvolvimento social atrelado às limitações e restrições impostas ao idoso. Estudos sobre as
repercussões da aposentadoria na subjetividade passam a ganhar relevância após 1982.
Partindo assim, da visão que a aposentadoria foi e é construída a partir de um pensar social,
econômico e cultural se faz a partir desse ensaio questionar acerca da formação das
representações sociais do envelhecimento após a aposentadoria e suas repercussões nas
relações intergeracionais. Assim, é necessário debater acerca do descrédito social do
aposentado em nossa sociedade; levantando questionamentos de como garantir a equidade e o
desenvolvimento social após a aposentadoria; bem como, descrever como o preconceito etário
vem se formando na sociedade atual, apresentando assim, o papel das intervenções
intergeracionais como combate e diminuição do preconceito etário. A aposentadoria precisa
ser pontualmente discutida como uma categoria pós-trabalho para garantir os mesmos direitos
do que estão no mercado de trabalho: a cultura, a cidadania, a moral e o respeito entre as
gerações. Estas são ferramentas que em outros processos históricos se fizeram presentes para
conscientização e valorização da herança nas relações humanas onde os conhecimentos e
valores são passados de gerações entre gerações. Ressalta-se que é através de programas
intergercionais que o fazer e ser em gerações distintas se faz possível diminuir o preconceito
etário tão crescente na sociedade contemporânea.