Abstract:
Abordagem sobre o conceito de ferida e seu processo de cicatrização. Processo de
ruptura da pele, comprometendo sua integridade, que têm como objetivo limitar o
dano tecidual e permitir o restabelecimento da integridade e função dos tecidos
afetados. As feridas podem ser classificadas pela origem e pelo tipo do agente
causal, analisando o grau de contaminação, onde este terá importante papel, pois
orientará no tratamento com antibióticos, pelo tempo de traumatismo e pela
profundidade das lesões. O processo de cicatrização pode ser dividido em três
fases: inflamatória, proliferativa e remodeladora; e pode ocorrer por primeira,
segunda e terceira intenção. A leishmaniose é uma parasitose de grande
importância epidemiológica, onde o homem é um hospedeiro acidental do
protozoário do gênero Leishmania, que é transmitida ao cão, a animais silvestres
como roedores e também ao homem por um mosquito, o flebótomo. A leishmaniose
tegumentar americana é uma doença infecciosa, não contagiosa da pele e mucosa
que apresenta feridas indolores e lesões incapacitantes, deformantes e, algumas
vezes, fatais nos indivíduos acometidos. Visou-se abordar, através de uma revisão
de literatura, o aspecto clínico das feridas leishmanióticas e os tipos de tratamentos
mais utilizados, com metodologia de abordagem quantitativa, analisando artigos da
área da saúde. O fármaco de primeira escolha, padronizado pela OMS, é o
antimoniato de N-metilglucamina. No caso da não eficácia dele, deve-se buscar a
administração de Pentamidina e Anfotericina B. A atuação do enfermeiro é
fundamental no acompanhamento no tratamento e na evolução, buscando a eficácia
da terapêutica.