Abstract:
As mudanças ocorridas em nossa sociedade exigem dos docentes do ensino superior
constante atualização profissional, ritmo laboral intenso, maiores níveis de
produtividade e competitividade no ambiente de trabalho. Tais mudanças deixam os
docentes mais propensos ao adoecimento físico, mental e social; dentre eles, a
Síndrome de Burnout chama a atenção pela sua gravidade. Assim, com o objetivo de
investigar a relação entre a Síndrome de Burnout e o trabalho docente, realizamos
uma revisão integrativa de literatura com o material produzido nos últimos cinco anos
sobre tal temática nas bases de dados LILACS, SciELO, Medline e ERIC, nos idiomas
português, inglês e espanhol. Foram encontrados 415 artigos que, após leitura do
resumo e submissão aos critérios de inclusão e exclusão, resultaram em 25.
Categorizamos a discussão dos resultados em três grandes eixos: Fontes geradoras
de estresse, As dimensões do Burnout e Diferenças de gênero. Percebemos que o
docente está submetido (ou, em muitos casos, se submete) a uma atividade laboral
cercada de fontes geradoras de estresse e mal-estar: sobrecarga de trabalho, jornada
de trabalho prolongada e realização de diversas funções, etc. O estudo nos permitiu
perceber, ainda, que na maioria das pesquisas foi identificada uma diferença na
percepção das mulheres sobre o impacto das fontes geradoras de estresse,
adoecimento e sofrimento no trabalho docente. Acreditamos que mais pesquisas
sobre esta temática se fazem necessárias, à medida em que se percebem que fatores
psicossociais do trabalho docente demonstraram alta associação com a Síndrome de
Burnout.