Abstract:
A hanseníase é uma enfermidade de alta infectividade, baixa patogenicidade, alto
poder incapacitante, risco de acometer o sistema neurológico e dermatológico de
indivíduos susceptíveis que tiveram contato íntimo e prolongado com pacientes
bacilíferos sem tratamento. O objetivo do estudo foi refletir acerca das ações
estratégicas no diagnóstico precoce da Hanseníase para a redução de sequelas aos
pacientes. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, realizado nas bases de
dados eletrônicas. A hanseníase persiste como um problema de saúde pública no
mundo, o Brasil, com 28.761 casos novos, é o segundo país com maior número de
casos novos do mundo, responsável por 12,5% dos casos, sendo o primeiro país
das Américas. A Organização Mundial de Saúde define como caso de hanseníase
indivíduo que apresenta um ou mais sintomas: lesão de pele com alteração de
sensibilidade; espessamento de nervos acompanhados de alteração de
sensibilidade. As sequelas fazem com que o indivíduo viva com manchas, cicatrizes,
pele escurecida, perda de sensibilidade e deformidade física. Destacam-se
estratégias como promoção da detecção precoce de casos por meio de campanhas
inovadoras, fortalecimento das ações de vigilância da resistência antimicrobiana,
adoção de medidas para acabar com a discriminação e promover a inclusão da
hanseníase na sociedade. Conclui-se ser de fundamental importância o
reconhecimento das condições de vida e de casos de hanseníase no Brasil, como
ferramenta válida, no processo de controle deste agravo de saúde pública e
aplicabilidade de ações efetivas.