Abstract:
Introdução: O envelhecimento envolve progressivo comprometimento da autonomia
da pessoa idosa, estando essa susceptível a piora na qualidade de vida. Objetivo:
Avaliar a qualidade de vida dos idosos da microárea (bairro) Itapéua, no município
da Raposa – MA / Brasil. Metodologia: Trata-se uma pesquisa transversal,
exploratória, com variáveis quantitativas, realizada na cidade de Raposa, Maranhão,
com uma amostra não probabilística por conveniência de idosos a partir de 60 anos.
As variáveis socioeconômicas e demográficas foram sexo, idade, escolaridade,
ocupação/renda. Foi utilizado o questionário Instrumento de Avaliação da Qualidade
de Vida (IAQdV). Resultados: Prevaleceram os idosos com 71 anos ou mais, do
gênero feminino, com ensino fundamental, residentes em imóvel próprio, casados,
aposentados, usufruindo de uma renda mensal de R$ 500,00 a 1000,00, convivendo
regularmente e possuindo um elevado número de filhos e netos. A Qualidade de
Vida Global se relacionou significantemente à idade, escolaridade, ocupação,
dificuldade de locomoção e à presença de doenças crônicas. A dimensão Relações
Sociais apresentou relação com idade, escolaridade, estado civil, convívio,
dificuldade de locomoção, presença de doença crônica e acesso às tecnologias, a
dimensão Bem-Estar Psicológico apresentou relação com escolaridade, ocupação e
número de netos, a dimensão Sentidos apresentou relação com acesso às
tecnologias. Não houve relação significativa das variáveis analisadas com as
dimensões Doenças e Vida Independente. Conclusão: Observaram-se valores
intermediários nas cinco dimensões (Doença, Vida Independente, Relações Sociais,
Sentidos e Bem-Estar Psicológico) e na Qualidade de Vida Global, o que requer
acompanhamento da população idosa a fim de evitar comprometimento nesse
aspecto. Para tanto, é essencial acompanhamento familiar, fortalecimento da rede
social e acompanhamento de doenças crônicas, o que exige o avanço nas políticas
públicas para essa população.