Abstract:
As atividades agrícolas representam um importante setor da economia nacional. No meio agrícola o trator é um dos veículos mais utilizados, destacando-se no preparo do solo para o plantio, manutenção e colheita. Os operadores de tratores estão expostos a vários fatores, dentre eles o ruído, que pode causar danos irreversíveis à saúde dos mesmos. Assim, este estudo teve o objetivo de avaliar o nível de ruído em posto de trabalho de operadores de tratores agrícolas na região de Viana – MA. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, baseado em levantamentos de dados com abordagem quantitativa dos mesmos. Foram avaliados 04 tratores de modelos diferentes da marca Massey Ferguson, pertencentes a uma empresa de locação de maquinários agrícolas localizada na região de Viana – MA. A verificação do nível de ruído de cada trator foi realizada na própria empresa em local apropriado, utilizando-se um medidor de nível de pressão sonora da marca Simpson modelo 897, e a escala utilizada para medir o nível de ruído dos tratores foi expressa em decibel dB(A). Também foi aplicado um questionário aos operadores com relação aos dados demográficos, hábitos de vida, profissional e relativos à atividade laboral dos mesmos. Os operadores entrevistados apresentaram idade média de 38 anos, predominando o gênero masculino (100%), com uma proporção igual para solteiros e casados (33,33%) cada, com maioria possuindo o 1º ou o 2º grau completo, e 50% afirmaram possuir o hábito de ingerir bebida alcoólica. A média de anos trabalhados na função de tratorista na empresa foi de 2 anos; 83,33% tinham 7 anos ou mais de experiência na operação de máquinas agrícolas e 100% não exerciam outra atividade remunerada. Em relação à avaliação dos níveis de pressão sonora, apenas um modelo de trator apresentou níveis de ruídos dentro do limite de 85 dB para 8 horas de exposição diária, enquadrando-se dentro dos padrões estabelecidos pela Norma Regulamentadora - 15 (NR-15), com o valor de 83,7 dB na rotação de 2.000 rpm. Quanto à atividade laboral, 50% relataram dores na coluna, perda ou dificuldade de audição e 33,33% utilizavam protetor auricular de inserção e 16,67% do tipo concha, o restante não utilizavam. Faz-se necessário a implantação de medidas para a redução dos níveis de ruídos, assim como orientação dos tratoristas quanto ao uso de protetor auricular, afim de conciliar produtividade e bem estar no trabalho.
