Abstract:
No trabalho, o processo de trabalho é um componente central na deliberação do processo saúde-doença, pois determina um consumo da força de trabalho, suscitando um desgaste no homem. Este desgaste expressa-se sob diferentes formas, como o sofrimento psíquico, o estresse, as doenças psicossomáticas, os transtornos mentais e as neuroses. Os profissionais de saúde não estão isentos de obterem problemas de saúde, especialmente, àqueles relacionados ao ambiente de trabalho. Estes profissionais possuem uma árdua natureza de trabalho que ocasiona fadiga estresse, depressão, síndrome de burnout entres outras doenças. Assim este trabalho objetivou estudar os fatores de riscos à saúde do médico no ambiente laboral, bem como as doenças ocupacionais intervenientes na saúde deste profissional, a partir da literatura especializada. A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura do período de 1980 a 2009, considerando os estudos de publicações nacionais, periódicos indexados, impressos e virtuais, específicas da área relacionada ao tema como livros de BREVIGLIERE, Ezio; Pereira, Ana Maria; Peluzzi, N; Pimentel, A.J; Vaz, E.Z, etc. além de monografias, dissertações e artigos, pesquisas pautadas em dados eletrônicos tais como Google Acadêmico, Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, Biblioteca Nacional, além da experiência do autor. Verificamos que os profissionais da saúde podem ser acometidos por riscos profissionais de origem física, química, biológica psicossocial e ergonômica. Averiguamos que os fatores de riscos psicossociais que abrangem a qualidade de vida dos médicos são o estresse, a responsabilidade profissional, o isolamento social, a fadiga, a privação do sono, a sobrecarga de trabalho, plantão noturno, jornada dupla, pressão, ausência de lazer, família, amigos, necessidades pessoais entre outros e que as tensões e prazeres relacionados ao estilo de vida e à família e a morbidade entre médicos apontam doenças referentes ao tabaco, suicídio e dependência de drogas. Vimos que a fadiga e as doenças psicossomáticas podem acometer o médico devido a sua jornada de trabalho. Verificamos também na literatura pesquisada que o suicídio entre os profissionais de medicina está relacionado com a perda da onipotência, onisciência e virilidade idealizadas por diversos aspirantes à carreira médica durante o curso e a vida profissional, e acrescente ansiedade pelo temor de falhar. Portanto concluímos que essa pesquisa possibilita uma reflexão maior acerca do tema e configurações próprias que a realidade do médico apresenta.