Abstract:
O ambiente de trabalho sempre foi acompanhado de nocividades que podem levar as incapacidades, doenças e até a morte. Neste cenário, inclui-se o ambiente hospitalar que, pelas suas próprias características, apresenta um forte potencial de riscos ocupacionais que podem trazer conseqüências aos profissionais que nele atuam. A pesquisa teve como objetivo geral identificar os riscos ocupacionais e acidentes de trabalho no dia-dia dos trabalhadores do Hospital Municipal de Itinga do Maranhão – MA, e com objetivos específicos: Identificar a freqüência de gênero dentro do ambiente hospitalar; Conhecer os principais tipos de acidente de trabalho que acometem os trabalhadores deste hospital; Identificar a categoria profissional que está mais exposta aos acidentes de trabalho; Identificar a faixa etária mais freqüente do trabalhador hospitalar; Identificar o tipo de lesão mais freqüente nos acidentes de trabalho e Identificar o objeto que causa mais acidentes no ambiente hospitalar. Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter, quantitativo de natureza descritiva, composto de uma amostra de 35 pessoas, que responderam um questionário e trabalham em um Hospital localizado em Itinga do Maranhão – MA. Dos resultados Quanto ao gênero, existe uma predominância de mulheres na força de trabalho. A faixa etária predominante no estudo é de 20 a 39 anos. No que se refere à categoria profissional abordada, o grupo de maior prevalência foi o dos Técnicos em Enfermagem. Dentre os participantes do estudo 23 funcionários (65% da amostra) relataram ter sofrido algum tipo de acidente de trabalho. Foi observado que apenas 1 (4% da amostra), acidente foi devidamente notificado. Um outro dado analisado se refere à localização da lesão, onde 21 funcionários, representando 91% da população acidentada, sofreram lesões nas mãos. O objeto apontado por 12 funcionários (52%) como causador do acidente foi à agulha. Quanto ao tipo de ferida provocada, 13 funcionários (56%) sofreram ferimentos tipo punctório.Com relação ao uso de EPI no momento do acidente, 15 funcionários (65%) usavam o equipamento de proteção individual adequado para o desenvolvimento da função. Ao serem questionados quanto ao esquema vacinal, 11 funcionários (48%) estavam com o esquema vacinal atualizado. Apenas 09 (39%) trabalhadores responderam ter realizado exames após o acidente de trabalho. Em relação às causas do acidente a maioria, 14 funcionários (61%) afirmam não saber o que levou ao acidente.
